Construtechs sustentam o caminho para a digitalização da construção civil

Fazemos parte de um dos mercados de maior relevância no país e temos muito a contribuir com o desenvolvimento do setor, principalmente quando se trata de levar tecnologia e inovação para os canteiros de obras.

Como as Construtechs atuam neste contexto?

Temos um evidente “gargalo” em relação à produtividade. Ou seja, é possível avançar bastante nesse quesito, entregar muito mais em menos tempo, agregando valor na oferta de serviços por meio da transformação digital. Esse é um processo que confere vantagem competitiva às empresas, portanto não se trata de uma escolha, mas sim de uma necessidade célere.

Grande parte deste ativo de inovação é alavancado pelas Construtechs, que são as startups relacionadas ao ambiente das obras. Esse modelo de negócios provê a disrupção para o mercado, que necessita romper com antigos paradigmas e acompanhar as tendências mundiais. Afinal, a digitalização passou a ser insumo obrigatório, ainda mais em tempos de pandemia do Covid-19, a exemplo dos bancos 100% digitais, carros autônomos, logística e segurança com veículos aéreos, os Drones, etc.

Em recente pesquisa, a consultoria americana McKinsey identificou as tendências e os possíveis cenários para a construção civil pós-Covid, em uma abordagem com mais de 100 especialistas e 400 líderes globais do setor. A análise apontou uma transformação radical nos próximos anos, com mudanças que devem revolucionar a maneira como projetos são desenvolvidos, gerenciados e entregues.

Entre as movimentações importantes, que estão no centro dessa revolução encontram-se a sustentabilidade, digitalização e investimento em tecnologia. Cerca de 80% dos líderes e especialistas entrevistados concordam que essas mudanças irão impactar totalmente os processos e a estrutura das empresas de construção, sendo que 60% deles acreditam que essa revolução acontecerá nos próximos cinco anos.

Certamente, a contemplação desse cenário contará com a presença das Construtechs, que desenvolvem soluções para diferentes etapas do ecossistema, desde o planejamento até o desenvolvimento de projetos.

Oportunidades escaláveis

No Brasil, segundo a consultoria de investimentos Terracotta Ventures, foram contabilizadas em 2020 mais de 700 Construtechs e Proptechs. Isso significa um crescimento de 23% em relação ao ano anterior e 180% em relação a 2017, quando começaram a mapear o setor.

Existem grandes oportunidades também no ambiente estrutural, isto é, nos canteiros de obras junto às construtoras que buscam melhorar a velocidade de entrega, reduzir os custos e minimizar os impactos ambientais. Ou seja, caminhamos para um comportamento muito mais sustentável.

Novos empreendedores estão surgindo, fundos aumentam seus investimentos e voltam a atenção para o setor. Lógico, ainda temos muito a trilhar. Mas, esse é o caminho. Não há evolução sem tecnologia. E a construção civil precisa de transformação de verdade!

 O foco para aquele empreendedor que está neste segmento, ou quer começar a desenvolver sua Construtech, deve ser a oferta de soluções que atuam direto nas necessidades latentes. Faltam opções que oferecem um real valor com o objetivo de solucionar as necessidades diretas dos clientes, incluindo a relação de custo x benefício e a escalabilidade.

Para mudar essa “chave” é fundamental entender que a construção civil não está mais esperando o futuro chegar. Ela se movimenta em prol de seus alicerces que visam uma nova conjuntura econômica no mercado totalmente baseada em processos digitais e no aumento da produtividade.

Artigo escrito por Diego Mendes – Engenheiro civil, premiado em 2019 com o título de Personalidade da Tecnologia pelo Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, Diretor de Operações da Trutec, spin-off do grupo Vedacit e co-fundador da Construcode, construtech destaque no cenário nacional pela presença em mais de 900 canteiros de obras promovendo a digitalização do setor.

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