Por que ainda há resistência para digitalização do canteiro de obras?

Neste artigo, entenda por que a mudança para o digital ainda é incipiente neste setor.

Se a digitalização do canteiro de obras contribui para redução de retrabalhos causados pelo uso de informações desatualizadas e ainda melhora a produtividade do seu time de campo, por que essa transformação ainda é recebida com resistência na construção civil?

Por que digitalizar os canteiros de obras continua sendo um tabu em algumas organizações?

Quando falamos em digitalização do canteiro de obras, estamos nos referindo a uma remodelação na cultura organizacional das empresas, afinal, elas estão inseridas em um dos setores menos inovadores da indústria.

Para você ter uma ideia, somente 13% das construtoras se encontram num estágio mais avançado de transformação digital e 58% ainda estão iniciando esse processo. Os dados, divulgados numa pesquisa global da IDC — “Digital Transformation: The Future of Connected Construction” —, revelam como ainda é necessário superar certos mitos sobre a inovação e buscar novos recursos para resolver problemas ainda bastante comuns, como atrasos na obra e orçamentos estourados.

Mas que crenças são essas que limitam o olhar de muitas lideranças sobre a tecnologia, impedindo-as de otimizar suas atividades e negócios?

4 mitos da digitalização do canteiro de obra

Grande parte das construtoras e incorporadoras ainda orienta seus processos de forma analógica. Essa prática, no entanto, impede não apenas o aumento da eficiência e da produtividade, como também a redução de erros. Mas por que há tanta resistência em incorporar a tecnologia?

Veja os 4 mitos da transformação digital na construção civil:

1. “Inovar custa caro”.

Esse é um dos principais mitos sobre a transformação digital. Se na hora de escolher uma solução para investir você levar em consideração só o custo do produto, é provável que você desista e continue realizando seus processos de forma analógica.

É essencial pensar no retorno que uma ferramenta pode proporcionar ao seu negócio, considerando o médio e longo prazo. Além de facilitar a vida do seu time de campo, a tecnologia aumenta a produtividade ao reduzir, por exemplo, o tempo dedicado ao controle de revisões de projetos. Ao considerar as horas — caras — da equipe de engenharia que ainda executa muitas tarefas manuais e repetitivas, somadas ao prejuízo causado pelo consumo de informações desatualizadas em campo, o ROI (Retorno sobre o Investimento), invalida a tese acima. Em outras palavras, deixar de investir em inovação tem um custo e impacto muito maior. 

2. “A digitalização é um processo complexo e difícil”.

Todos os novos processos requerem engajamento e treinamento para que sejam bem difundidos numa empresa, o que não significa que a implantação e a manutenção dessas novas tecnologias precisam ser trabalhosas e difíceis. 

Parte da ideia de que digitalização é um processo trabalhoso, decorre de práticas anteriores, nas quais a tecnologia era aplicada a sistemas internos complexos  não  manuseados e direcionados para as equipes de frente, o que não refletia em vantagens percebidas para todos. A digitalização focada na ponta — isto é, em quem executa — precisa ser complexa e completa da “porta para dentro”, e simples e prática “da porta para fora”. Isso reflete em todo o processo de transformação, que deve ter os seus objetivos e propósitos claros para quem utiliza.  

3. “O time não vai aprender a usar a tecnologia”.

Assim como o time de campo aprende a usar novas ferramentas de trabalho, eles também podem aprender a utilizar ferramentas digitais. Para engajá-los, no entanto, é necessário apresentar as melhorias que suas rotinas vão ter com a adoção da nova solução, além de treiná-lo. 

Vale lembrar que várias ferramentas — inclusive para gestão de plantas e projetos — podem ser usadas em smartphones, aparelhos que praticamente todo brasileiro possui. De acordo com o último levantamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), há 234,1 milhões de celulares em uso no país, ou seja, a cada 100 habitantes, cerca de 97 possuem um aparelho móvel.

Portanto, quando você investe em tecnologias para serem usadas não apenas pela engenharia, mas também pela equipe no canteiro, o aprendizado se torna muito mais fácil e a ferramenta pode ser rapidamente incorporada às rotinas de trabalho.

4. “A inovação aumenta os riscos e impacta negativamente os projetos”.

Quando uma construtora inova em soluções integradas — como o BIM (Building Information Modeling) —, é possível ter maior controle de cada etapa do empreendimento, desde a concepção do projeto até sua execução. Esse tipo de ferramenta permite a quantificação dos insumos e serviços previstos, e ainda o estabelecimento de processos estruturados e automatizados. Dessa forma, as atividades do canteiro de obras têm uma sequência mais precisa, previsível e controlada.

Portanto, a digitalização, quando bem estruturada, centralizada e integrada, proporciona maior produtividade, controle, transparência e segurança na execução da obra.

Por que a construção civil deveria investir mais em tecnologia?

Se você almeja tornar sua empresa mais competitiva e não ficar para trás perante a concorrência, invista em tecnologia. Soluções para digitalização do canteiro de obras, trazem diversos benefícios que podem fazer sua organização se destacar. 

Confira os principais benefícios da digitalização:

  • Maior organização das atividades;
  • Mais cumprimento dos prazos;
  • Melhor utilização dos recursos;
  • Aquisição de produtos em conformidade com o projeto, de boa qualidade e preço competitivo;
  • Acompanhamento do fornecimento e estoque de materiais;
  • Controle de todas as atividades do canteiro de obras;
  • Redução de custos;
  • Aumento da qualidade final do projeto.

Assim como já acontece em outros setores, a inovação está deixando de ser um diferencial, para se tornar um pré-requisito no mercado da construção civil. Promova a transformação digital na sua empresa e fortaleça sua presença no setor.


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Conteúdo desenvolvido por ConstruCode.

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